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71% dos empregadores do país têm dificuldade para preencher vagas

 

Contratam-se costureiras, passadeiras, sapateiros, eletricistas, pintores, encanadores, motoristas, pedreiros, engenheiros e técnicos. Este tipo de anúncio, que é visto em Uberlândia dos bairros ao setor central, revela a escassez de mão de obra, uma situação que não é apenas brasileira, mas de vários países. De acordo com pesquisa da consultoria internacional ManpowerGroup, divulgada em dezembro de 2012, 71% dos empregadores brasileiros têm dificuldade para preencher vagas em áreas que, nas últimas décadas, têm acompanhado o desenvolvimento da economia nacional e a ascensão das classes C e D.
O Brasil ocupa o segundo lugar entre os 41 países pesquisados pela consultoria. O Japão ocupa o topo do ranking, com o quadro de 81% dos patrões que sofrem na hora de contratar. A média mundial apontada pela pesquisa é de 34%.
A ManpowerGroup constatou, ainda, que houve um crescimento de 15% na dificuldade relatada pelos empregadores em contratar, entre 2011 e 2012. Na hora de explicar os motivos de reclamação, os empresários apontam o baixo número de profissionais e também a falta de qualidade deles, especialmente nas vagas que exigem conhecimentos específicos, em cargos de nível superior ou técnico.
Em Uberlândia, o consultor de carreiras Fernando Vieira Braga avalia que o mercado brasileiro atravessa um novo panorama em que a educação é apenas o primeiro requisito para a contratação dos trabalhadores. Para o especialista, não basta ter o diploma na mão. “A busca do conhecimento não se encerra com o fim do curso. O trabalhador que quer ser contratado precisa aliar seu conhecimento técnico à vivência prática da profissão”, disse Braga.
Área técnica
Segundo o gerente da unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Uberlândia, Celso Antônio Medina Falavigna, a formação técnica tem sido cada vez mais procurada pelos empregadores das indústrias uberlandenses. Na avaliação de Falavigna, o mercado de Uberlândia requer o profissional de perfil técnico e que seja comprometido com os objetivos de crescimento da empresa onde esteja empregado.
Por ano, 20 mil vagas ficam abertas
A área de engenharia, em seus diversos ramos, foi apontada pela pesquisa da ManpowerGroup como a terceira mais problemática na hora de contratar, já que mais de 20 mil postos de trabalho no setor ficam abertos todos os anos, pelo fato de não se formarem profissionais suficientes para preenchê-los.
Maria Aparecida Silva Rodrigues, coordenadora de RH de uma construtora de Uberlândia, concorda com o resultado do levantamento e diz que faltam engenheiros, dos novatos aos que têm mais experiência para obras de grande porte. “Pelo volume de construções que há na cidade, o mercado acaba não conseguindo captar todo o necessário”, afirmou.
O engenheiro de produção Bruno Vilela Martins conta que estagiou na construtora desde 2009, no departamento de planejamento e projetos. Segundo ele, o esforço e a qualidade foram preponderantes na hora da contratação. “Fiz um ano de estágio. Quando o estagiário mostra proatividade à empresa, a chance de contração é bem maior.”
Ipea ratifica carência de mão de obra
Também em dezembro, outra pesquisa, esta feita Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou que os setores da economia relacionados à engenharia e ao design se destacaram no mercado de trabalho das oito maiores regiões metropolitanas do país.
Segundo o estudo “Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior”, existe maior demanda de profissionais nesses setores, principalmente, nas cidades que formam as regiões metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Porto Alegre, do Distrito Federal, do Recife, de Fortaleza e de Salvador.
O Ipea verificou que a rotatividade positiva nos grandes centros está associada ao aquecimento da economia e à criação de oportunidades de trabalho e melhoria dos salários. Para o Ipea, a procura por engenheiros e designers demanda, ainda investimento em formação, capacitação e qualificação profissional
Repórter: Pablo Pacheco / Fonte: Jornal Correio



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