Workshop reforça a proteção de recursos hídricos da bacia do Rio Paranaíba

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Representantes do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente participaram nesta quinta-feira (10) do workshop sobre o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paranaíba, no auditório da Fiemg Regional, em Uberlândia. O objetivo é levantar o debate da gestão responsável da água para garantir a perenidade dos recursos às próximas gerações.

A Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba é extensa, em torno de 223 mil quilômetros quadrados de área de drenagem, quase 3% do território brasileiro. Ela abrange quase 200 municípios dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e do Distrito Federal. Analisar o melhor caminho e superar os desafios da implementação do plano são ações consideradas essenciais para a proteção da bacia, visto que a projeção é que até 2030 a população desse território chegue a 11,7 milhões de habitantes (hoje são aproximadamente 8,5 milhões). “Precisamos entender o plano e ter as diretrizes alcançadas. Assim, teremos em alguns anos uma bacia melhor”, disse o presidente do CBH Paranaíba, Bento de Godoy.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

O secretário municipal de Meio Ambiente, Hélio Mendes, salientou a necessidade de economia e preservação ambiental caminharem juntos. Para ele, a situação do mundo atual clama para esse cuidado. “A água é a moeda do século. Devemos conciliar desenvolvimento econômico e ambiental de forma justa e igual. O workshop é uma reflexão do momento que o Brasil e todo o planeta vivem”, afirmou. A região da bacia se caracteriza por atividades produtivas como mineração, pecuária, agricultura, agroindústria e hidrelétricas.

O CBH Paranaíba é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e normativa, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Seus integrantes são representantes do Poder Público (federal, estadual e municipal), da Sociedade Civil e dos Usuários de Recursos Hídricos. A cadeira ocupada pelo Dmae compõe o segmento dos usuários, já que a autarquia faz uso direto da água captada da Bacia.

Várias ações foram realizadas pelo CBH para diagnosticar a situação em que se encontra a bacia. De princípio, foi feito um sobrevoo que identificou como tem sido feito o uso da água, a poluição e os pontos de degradação. A partir daí, foram desenvolvidos prognósticos que possam resolver os problemas encontrados. A intenção real é tirar a bacia da vulnerabilidade e incluí-la na sustentabilidade de forma a possibilitar atividades econômicas sem se furtar da proteção ambiental.

De acordo com o diretor ambiental do Dmae, Leocádio Pereira, o CBH deverá investir a maior parte das verbas em saneamento básico. Um dos grandes problemas encontrados é o lançamento de efluentes. Para isso, aplicar recursos em esgotamento sanitário e drenagem será um dos pilares do CBH. Em relação a Uberlândia especificamente, o diretor ressaltou que o município está em ótima condição. “A cidade possui 100% de água tratada e 100% do esgoto coletado tratado”, explicou Leocádio Pereira.

Os trabalhos de educação ambiental (escolas) e o Programa Buritis (parceria com produtores rurais) aliam o ensino do uso racional da água com a proteção de nascentes. O andamento dessas ações em conjunto com o plano de recursos hídricos do CBH Paranaíba permite que no futuro esteja consolidada na região a oferta de água em quantidade adequada e qualidade exigida.

Secom PMU