Prefeito Odelmo Leão entrega Teatro Municipal de Uberlândia

 

 

Cidade ganha espaço cultural mais moderno do Brasil

“O Teatro é uma ideia inédita e dará ao palco um sentido diferente: uma, servir ao teatro propriamente dito; outra, aos espetáculos de música popular e rock. Trata-se de uma solução nova que conferirá ao Teatro de Uberlândia outra dimensão”.
Oscar Niemeyer

 

O dia 20 de dezembro de 2012 tornou-se um marco histórico para Uberlândia. Nesta data, o prefeito Odelmo Leão inaugurou o Teatro Municipal de Uberlândia. Após 14 anos em obra, o projeto elaborado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) em 1989 tornou-se uma realidade.
“Essa foi uma noite muito especial pra mim e para Uberlândia. Ninguém acreditou que íamos terminar o teatro em tempo. Era um compromisso que eu tinha e está concluído. Tive o cuidado de entregar uma obra pública com o zelo que um administrador público tem que ter”, disse o prefeito Odelmo Leão, durante a inauguração, diante de representantes da sociedade civil, empresários, políticos, artistas e autoridades civis e militares.
“Em 2005, quando passava pela avenida Rondon Pacheco, eu olhava para a obra e dizia que não podia ficar daquele jeito e então me empenhei na conclusão. O Teatro não pode ser visto apenas pela arte, mas também pela inserção social que ele promove. Com o Teatro Municipal de Uberlândia, ganham as pessoas, os movimentos artísticos e a cidade como um todo. Ele também preserva a história e zela pelo futuro das pessoas”, disse Odelmo Leão. Após o seu pronunciamento, o público aplaudiu de pé o Chefe do Executivo Municipal. Em seguida, o prefeito, juntamente com a secretária de Governo e de Comunicação Social, Ana Paula Junqueira, foi homenageado pela secretária de Cultura, Mônica Debs.
            Antes da inauguração, os convidados assistiram ao espetáculo “Sem Luiz Lua, Não Tem Luar Baião”, que homenageou o centenário de Luiz Gonzaga, interpretado pelo Coro Uberlândia. Após a solenidade de abertura, a Banda Municipal, apresentou um repertório escolhido especialmente para a ocasião: clássicos nacionais e internacionais. Por fim, o Udi Jazz Big Band animou os convidados com diversas interpretações do gênero big band que fizeram sucesso nas décadas de 30 e 40.
E a comemoração não se resume apenas a um dia. Entre sexta-feira (21) e domingo (23), a Prefeitura de Uberlândia promoverá espetáculos, mostras e performances escolhidos para contemplar a programação da “Semana Oficial de Abertura do Teatro Municipal de Uberlândia”. São manifestações ligadas às artes plásticas, cênicas, música e dança que podem ser conferidas gratuitamente pela comunidade. Todas as apresentações foram produzidas e serão estreladas por bailarinos, grupos artistas, músicos e companhias da cidade.

Marco artístico, histórico e arquitetônico

Com o Teatro Municipal de Uberlândia, a cidade eleva o seu desenvolvimento cultural à altura de sua importância econômica. Além de disseminar os valores culturais e incrementar o mercado cultural da região, favorece a geração de empregos e de renda em segmentos relacionados ao processo artístico-cultural. O novo espaço também estimula a produção artística na região e o intercâmbio cultural no Brasil.

Padrão de excelência

A obra do Teatro foi erguida em uma praça de planta circular e semi-enterrada, com três níveis de funcionamento distintos e circulações separadas do corpo. Em uma área total de 66.669,92 metros quadrados, são cerca de cinco mil metros quadrados de área construída. Totalmente de acordo com os princípios de acessibilidade, o local tem 819 poltronas, incluindo algumas especiais para deficientes físicos e obesos.
O palco do Teatro tem duas características distintas. A primeira é servir à parte interna, em sua função tradicional. A segunda se figura na possibilidade do palco ser aberto para a parte externa, transformando-se num grande anfiteatro com capacidade para cerca de 20 mil pessoas que assistirão e participarão dos espetáculos em uma praça. É uma função vanguardista para espetáculos populares como shows e apresentações de dança, de música e circenses, entre outros. A parte externa do Teatro tem ainda, com estacionamento para 400 vagas e projeto paisagístico.
O Teatro conta com o que há de mais moderno quanto à iluminação e à sonorização para espetáculos. Uma das curiosidades é o elevador para orquestra, que permite que os músicos fiquem em alturas estratégicas, de acordo com a necessidade de cada apresentação. Outras mudanças foram feitas no ângulo de inclinação da plateia e na construção de uma nova parede interna, responsável por melhorar a visão do palco e reduzir a necessidade do uso de microfones.
 “Todo o projeto cenotécnico, de climatização e acústico foi revisto pelo escritório de Oscar Niemeyer, se adequando as exigências atuais e ao que há de mais moderno no mercado. É uma das melhores salas de espetáculos do país, feita para receber os artistas e o povo de Uberlândia, estimulando a participação popular e promoção da inclusão social por meio da cultura”, destacou o prefeito Odelmo Leão.

Uma obra para o povo – Conheça alguns detalhes importantes do Teatro

- Fosso com elevador para orquestra – A frente do palco pode ser removida para receber orquestra e maestro sem comprometer a visão do espetáculo;

- Palco reversível para espetáculos internos ou externos – O palco é uma inovação, que permite ser usado para espetáculos internos com 819 pessoas e externos para 20 mil pessoas;

- Infinitas posições de palco e boca de cena – O palco tem uma boca de cena de 17 metros de largura, 7 metros de altura e 14 metros de profundidade;

- 250 pontos de captação de ar condicionado só na plateia – Sob as poltronas da plateia estão instalados 250 pontos de captação do ar condicionado para manter o ar frio circulando na temperatura desejada;

- Estrutura de apoio para artistas e suas equipes – Espaços exclusivos para a montagem do espetáculo, como rouparia, depósito, sala de aquecimento, escritório de apoio, refeitório e banheiros;

- Perfeição acústica – Todas as áreas possuem isolamento acústico. E na plateia, cada detalhe foi estudado para melhorar a acústica, desde o uso de uma madeira especial da Amazônia;

- Acessibilidade – O teatro possui elevadores e rampas de acesso, poltronas com dimensões especiais e espaços acessíveis reservados na plateia e no estacionamento;

- Conforto e privacidade para artistas – O teatro possui 6 camarins confortáveis com banheiros e duchas. Em outros 2 camarins privativos foram feitas salas de estar para receber convidados ou imprensa.  

 

Histórico da obra
           
A construção do Teatro Municipal de Uberlândia teve início há 14 anos, mas sua história vem do ano de 1989. Naquela época, Uberlândia era governada pelo prefeito Virgílio Galassi (1989 – 1992). Durante uma viagem à Brasília, ele anunciou ao então ministro da Cultura, José Aparecido Martins, a vontade de erguer um teatro municipal em Uberlândia. Por intermédio do ministro, conheceu Oscar Niemeyer. Foi nesta época que o arquiteto fluminense doou o anteprojeto do Teatro para a Prefeitura Municipal.
            O anúncio sobre a obra foi feito na Casa da Cultura, no primeiro trimestre de 1989. Na época, iniciaram-se os primeiros contatos com Oscar Niemeyer e sua equipe no Rio de Janeiro. Naquela época, o projeto arquitetônico elaborado pelo escritório do arquiteto foi pautado na construção do Teatro em uma área no bairro Santa Mônica. A estrutura do Centro Cultural de Uberlândia (nome dado na época) seria erguida nas imediações onde funciona a atual reitoria da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na avenida João Naves de Ávila, no Campus Santa Mônica.
Os argumentos para erguer o espaço eram de que a carência de atividades culturais não ocorria somente por falta de políticas culturais mais abrangentes, mas também da necessidade da existência de locais que abrangessem as mais diversas formas de manifestações culturais e todas as camadas da população.
Na gestão do prefeito Virgílio Galassi (1997 – 2000), definiu-se a construção do Teatro Municipal em nova área, já do Município. O projeto de Oscar Niemeyer foi retomado com algumas conquistas no campo de recebimento de materiais e recursos via Lei de Incentivo Federal. Foi quando teve início a construção, no alto da avenida Rondon Pacheco, com os concepções refeitas e reelaboradas pelo escritório do arquiteto fluminense. No ano de 1999 limpou-se o terreno e, no começo de 2000, iniciaram-se os serviços de sondagens e fundações.
            Entre os anos de 2001 e 2004, durante o mandato do prefeito Zaire Rezende, novos recomeços e novas aprovações foram necessárias para a regularização junto ao Ministério da Cultura, para efeitos de captação de recursos junto à iniciativa privada e foi construída parte do foyer.
Durante o primeiro mandato do prefeito Odelmo Leão (2005 – 2008), importantes avanços foram obtidos, incluindo destinação de recursos orçamentários municipais e de captações fiscais, permitindo que a obra tomasse corpo e fosse visivelmente avistada e conhecida como uma obra concreta. Iniciou-se também a utilização da parte externa para apresentações de espetáculos e shows, como o Festival de Dança do Triângulo e apresentação da Orquestra Jovem de Minas Gerais.
Novos estudos foram realizados e novas tecnologias implantadas para garantir um teatro com os melhores recursos disponíveis no mercado nacional e internacional. Em junho de 2009, no segundo mandato do prefeito Odelmo Leão (2009 – 2012), a Prefeitura de Uberlândia regularizou a escritura do terreno e teve a posse definitiva do local, conforme matrícula 130.670, registrada no 1º Serviço Registral de Imóveis de Uberlândia.
O biênio 2011 / 2012, por uma determinação do prefeito Odelmo Leão, foi o período da arrancada final para o término das obras, incluindo os projetos específicos e as instalações especiais (aquisição e instalação de mobiliário, elevadores, geradores de energia e poltronas); a execução dos projetos de cenotécnica e de iluminação, além do acabamento.
Cerca de R$ 25 milhões foram empregados na construção da obra, com recursos provenientes do Município e da captação fiscal pela Lei Rouanet (Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991). Nos dois mandatos do prefeito Odelmo Leão foram realizados cerca de 80% da obra e investidos em torno de 90% do valor financeiro. 


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