Uberlândia prepara mapeamento do sobrepeso e obesidade infantil nas escolas

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Preocupados com os altos índices de casos de sobrepeso e obesidade na fase infantil, as nutricionistas e estagiárias do Programa Municipal de Alimentação Escolar (PMAE), da Secretaria de Educação, se reuniram na manhã de hoje (15) com todas as diretoras das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei). A reunião marca o início de uma avaliação que será realizada nas Emeis com o intuito de verificar o estado nutricional dos alunos e incentivar os pais a terem hábitos saudáveis com os seus filhos em casa, uma vez que todas as refeições fornecidas pelo PMAE recebem acompanhamento nutricional. “O cardápio é balanceado. São quatro cardápios, um para cada faixa etária do ensino infantil e do fundamental”, disse a nutricionista Marília Mastins Santos.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

O levantamento será realizado por estagiárias em nutrição da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e acompanhado pelas nutricionistas do PMAE. Durante a reunião foi apresentado um estudo que mostra a condição nutricional das crianças em todo o mundo, especialmente no Brasil. O estudo aponta que a obesidade infantil é considerada a maior epidemia infantil da história, em que cerca de 33,5% das crianças sofrem com esse mal, ocasionando infartos, doenças cardiovasculares, colesterol e pressão alta, além do baixo rendimento escolar.

A estagiária Ludmila Guimarães apontou as principais causas da obesidade, como sedentarismo infantil, consumo exagerado de alimentos como refrigerantes, sucos de caixinha, biscoitos recheados e todos os outros tipos de produtos industrializados, além de distúrbios hormonais e doenças genéticas. Mudanças de hábitos, especialmente no seio familiar, podem mudar o quadro de obesidade na infância. Voltar ao hábito de comer à mesa e a família preparar as refeições já faz toda a diferença.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

 “É necessário que pais no ato da compra escolham produtos mais saudáveis e que não tenham disponíveis em casa uma bolacha ou uma batata frita, porque é claro que a criança vai optar por esse alimento e não pela fruta. Outras dicas são colocar o filho para fazer exercícios além da escola e evitar realizar as refeições em frente à TV ou mexendo no celular”, disse Ludmila Guimarães.

Segundo a diretora da Emei do bairro Esperança, Cláudia Soares, alimentos que prejudicam a alimentação das crianças não são permitidos durante o lanche e as refeições são balanceadas e com acompanhamento por nutricionistas do PMAE. “Vamos divulgar um vídeo, conversar como os pais, porque as crianças têm irmãos que não estão na Emei, para que eles eduquem essas crianças com uma alimentação correta”, disse.

Secom PMU