Os desafios do uso da internet nas eleições de 2020 estão em debate no Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI). O objetivo é mapear os riscos de práticas prejudiciais no ambiente on-line e as medidas necessárias, uma vez que o processo envolverá os 5.568 Municípios em 2,8 mil zonas eleitorais. A expectativa é de até 500 mil candidatos.
Pesquisadores universitários, profissionais de tecnologia, empresas do setor e de entidades de defesa de usuários participaram de reunião do colegiado, nesta quinta-feira, 25 de julho. Eles apontaram a necessidade de aprender com episódios de 2018 e com as falhas detectadas na atuação dos órgãos públicos. Entre os problemas potenciais está a difusão de desinformação, termo adotado pelo órgão para designar o que é popularmente conhecido como Fake News.
Outra preocupação é com a exploração ilegal de dados de eleitores, como a compra de cadastros e a veiculação de publicidade que violam a legislação eleitoral. Esteve em pauta também os deveres e as prerrogativas de plataformas como Google, Facebook e Twitter na gestão de conteúdo, incluindo que tipo de publicações essas empresas podem ou não remover por conta própria e o que deve ser decidido pela Justiça.
Além de sugerir regras para assegurar a transparência das plataformas, os participantes debateram como os órgãos públicos, em especial o Ministério Público e a Justiça, devem agir para fiscalizar práticas ilegais. O CGI reuniu especialistas para discutir o papel da internet no processo das eleições gerais, em 2018, e publicou um guia com sugestões de como os serviços na web poderiam ser bem aproveitados no contexto de disputa eleitoral.
Criado em 2005, o grupo de trabalho é formado por representantes do governo, pesquisadores, empresas da área e entidades da sociedade civil.
Portal CNM