Representantes de 30 municípios participaram na última sexta-feira (08/11) do 100º Encontro de Prefeitos das Cidades Polo de Minas Gerais, em Araxá. O encontro teve duração de três dias, contou com palestras e debates visando o desenvolvimento das cidades, como mobilidade urbana e gestão pública, além da troca de experiências entre administradores. O encontro também foi contemplado pela posse do biênio 2013/2015 da Frente Mineira de Prefeitos – FMP.
Entre os assuntos abordados, destaque para economia e a participação de recursos destinados pelo Governo Federal, que vem sendo motivo de preocupação dos gestores municipais, dada a distribuição desigual no pacto federativo. “Todos nós temos problemas em comum. Esperamos chegar a um consenso do melhor caminho a ser seguido para enfrentar essa desigualdade na distribuição dos recursos da União”, afirmou o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.
Com fóruns, palestras e discussões, gestores buscam o fortalecimento das cidades. Essa é a centésima edição do encontro de prefeitos e destaca pela oportunidade de debater as questões voltadas par a administração pública “Estamos discutindo e trocando experiências. Principalmente nossas dificuldades de recursos”, salientou o prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo.
A questão municipalista também foi intensamente abordada. Segundo Antônio Andrada, o Brasil vive desde a Constituição de 1988 uma crise federativa, pois não tem voz para conquistar qualidade nos serviços públicos. “Em Minas existem 600 municípios com menos de 10 mil habitantes e eles sobrevivem basicamente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios, visto que a receita deles é ínfima. Os Municípios dependem de programas federais, mas para isso são necessários projetos e profissionais que eles não têm. Enquanto isso, a realidade está batendo à porta”, comentou, referindo-se ao arrocho financeiro dos municípios.
No dia 13 de dezembro, a AMM realiza o Dia do Basta, quando serão discutidas no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, as necessidades dos municípios e necessidade urgente de aumentar o índice de distribuição dos impostos recolhidos. Hoje, apenas 18% dos impostos de todo o país são destinados às cidades para tarefas como limpeza urbana; mobilidade e transporte; cuidados com estradas vicinais, ruas e praças; construção e manutenção de postos de saúde, escolas de educação básica e iluminação pública, dentre outras atribuições.