Uberlândia dá início ao projeto de ampliação do abastecimento de água

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Sistema Capim Branco elevará em mais 2 mil litros por segundo a capacidade de captação e tratamento de água de Uberlândia

Uma solenidade ocorrida nesta quarta-feira (23/07) na Prefeitura de Uberlândia marcou a assinatura do contrato entre o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e a empresa Serra Azul Engenharia Ltda., para elaboração dos projetos executivos do Sistema de Produção de Água Potável Capim Branco. Ao custo de R$ 5.750.985, os projetos vão propiciar a construção da primeira fase do Sistema Capim Branco, que elevará em mais 2 mil litros por segundo a capacidade de captação e tratamento de água de Uberlândia.

Na primeira etapa de construção do Sistema Capim Branco será viabilizada a estrutura de captação, uma elevatória e adutora de água bruta, a estação de tratamento de água, uma unidade de tratamento de resíduos e a reservação e interligação com o sistema de abastecimento já existente. Segundo o contrato, a empresa Serra Azul deverá ainda prever e planejar, nesta primeira fase, as ampliações que serão realizadas na segunda e terceira etapas da obra que, ao final, terá capacidade de captar e tratar 6 mil litros de água por segundo.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Após uma pré-seleção, em 2012, o prefeito Gilmar Machado apresentou no ano passado o projeto básico de Capim Branco ao Ministério das Cidades, conseguindo aprovar com a Secretaria do Tesouro Nacional o financiamento da obra, cuja primeira etapa custará cerca de R$ 360 milhões, o maior da história do saneamento de Uberlândia. Assinado o contrato de financiamento da obra com a Caixa Econômica, no dia 18 de dezembro de 2013, o Dmae publicou, em fevereiro deste ano, o edital para contratação dos projetos executivos.

A previsão é que a primeira etapa do Sistema Capim Branco seja concluída quando os sistemas Bom Jardim e Sucupira – com capacidade cada um, hoje, de produzir 2 mil litros de água por segundo – estarão trabalhando próximos de seu limite, dentro de três a quatro anos. Considerando os atuais índices de crescimento de Uberlândia, a expectativa é que a primeira etapa consiga abastecer a cidade até 2038, ano em que é estimada uma população de 1,5 milhão de habitantes.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

“O contrato é um passo fundamental para esta obra, que é um dos maiores investimentos que Uberlândia já teve na área de saneamento e permitirá que a população tenha melhor qualidade de vida”, disse o prefeito Gilmar Machado. “Os empresários que quiserem vir para a cidade também podem nos procurar com a certeza de que terão água em quantidades e qualidades necessárias para seus investimentos.”

O prefeito destacou ainda que, enquanto muitos municípios brasileiros enfrentam dificuldades no abastecimento, em Uberlândia existe uma situação de prevenção para que o cenário se mantenha devidamente controlado.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Como será a captação de água em Capim Branco I até a distribuição

É no rio Araguari, na margem esquerda do Reservatório da Usina Capim Branco I, a 3,5 km à montante da barragem, a localização da nova área de captação de água do Dmae.

Por meio de conjuntos de moto-bomba (que bombeiam a água de um nível mais baixo para outro mais elevado, e por isso a denominação “estação elevatória”), a água bruta sai da represa e segue por uma adutora, que faz o transporte da água e a encaminha até a Estação de Tratamento (a ser instalada na região de Tenda do Moreno).

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Já tratada, a água segue novamente por uma adutora rumo ao Sistema de Reservação Custódio Pereira, de onde será distribuída – seja por gravidade (quando a região para a qual a água se destina é mais baixa em relação ao Custódio Pereira) ou por elevatória (quando o nível da região a ser abastecida é mais alto em relação ao Custódio). Saindo do Custódio, a água tratada irá abastecer a parte alta de Uberlândia (Aeroporto, Brasil, Marta Helena, Roosevelt, Jardim Brasília, Guarani, Tocantins etc.).

Com a interligação entre os Sistemas de Produção de Água, a nova ETA dará suporte às ETAs Sucupira e Bom Jardim, nos casos que impliquem na suspensão temporária do fornecimento de água por essas estações.

“Não se trata de uma obra que será realizada em poucos meses e anos. Estamos plantando um trabalho que terá resultados futuros. Somente a primeira etapa irá durar em torno de quatro anos”, disse o diretor geral do Dmae, Orlando Resende. Segundo ele, a expectativa é que no prazo de quatro anos a população já esteja utilizando água proveniente do Sistema Capim Branco.

Secom PMU