Uberlândia: novos equipamentos otimizam trabalho em galpões de reciclagem

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As nove toneladas recolhidas diariamente pelo programa Coleta Seletiva, sob tutela da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, são encaminhadas para os galpões de reciclagem de Uberlândia. O trabalho de triagem e venda dos materiais empregam nas cinco associações e uma cooperativa um quadro de 68 catadores. Há três meses eles ganharam em seus locais de trabalho o reforço de vários equipamentos doados pelo governo estadual, dentre eles, quatro prensas hidráulicas, seis elevadores de carga, duas balanças híbridas, quatro carrinhos de fardo e três carrinhos-plataforma.

Ao lado do prefeito Gilmar Machado, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Alceu José Torres, visitou na tarde desta terça-feira (16) o galpão do bairro Daniel Fonseca para ver de perto o funcionamento das máquinas. A visita integrava a programação do seminário de relançamento da Coleta Seletiva, que insere em seu contexto a promoção aos catadores e à sociedade civil por meio de ações educativas, tornando Uberlândia referência para outros municípios.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Os equipamentos otimizaram o método de trabalho da Assotaiamã, que não contava com prensa, nem elevador, nem balança. O elevador possibilitou o carregamento dos caminhões mais rapidamente e sem desgate. Antes, os veículos eram carregados de forma braçal pelos catadores, que levantavam volumes de 400 a 500 quilos de uma só vez. Devido ao excesso de força, o expediente se encerrava mais cedo, pois os catadores não tinham energia restante para continuar a diária.

Antes da chegada da prensa, a venda dos materiais era feita em bags (sacos grandes) que armazenam o volume de forma bruta. Como o espaço se ocupava mais rápido, o presidente da associação, Roosevelt Martins, vendia os recicláveis toda semana e perdia dois dias apenas para negociar. Agora, a venda é feita mensalmente, com um conjunto maior e de mais valor agregado, visto que o produto já vai prensado para a indústria.

“A prensa é a alma da associação. Antes ficávamos amarrados aos atravessadores [pessoas que fazem o intermédio das vendas às empresas recicladoras], pois só conseguíamos vender em Uberlândia. Agora, com o produto beneficiado, tenho condições de despachar para outras cidades”, explicou Roosevelt Martins.

Secom PMU