Mudanças Climáticas: região árida é encontrada no Brasil; gestores irão receber orientações na Marcha

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Estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) identificou uma área de quase 6 mil km² de clima árido no norte da Bahia. O levantamento indica que as mudanças climáticas estão relacionadas ao novo cenário que afeta diretamente os Municípios. Preocupada com a situação, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) vai debater o tema e orientar os gestores no maior evento municipalista em número de autoridades do mundo.  

A área identificada no levantamento abrange a totalidade dos territórios dos Municípios de Abaré, Chorrochó e Macururé, além de trechos dos Municípios de Curaçá, Juazeiro e Rodelas. O estudo utilizou o índice de aridez para identificar, localizar ou delimitar regiões com déficit de água disponíveis, condição que pode afetar severamente o uso efetivo da terra para atividades como agricultura ou pecuária. Essas ações favorecem as queimadas e, a longo prazo, podem levar à desertificação quando associada ao uso não sustentável do solo.

O levantamento aponta que as regiões áridas identificadas – consequências das mudanças climáticas – apresentam tendência de aumento da aridez observada em todo o país. Isso é explicado por conta do clima mais quente e que contribui para o aumento da evapotranspiração.  As exceções seriam a região Sul e o litoral dos Estados de Rio de Janeiro e São Paulo, áreas em que ocorreriam fenômenos inversos e associados ao aumento das chuvas.

Debates na Marcha

O estudo considerou dados levantados entre 1960 e 2020 e vai subsidiar a Política Nacional de Combate à Desertificação, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Diante dos resultados apresentados, a CNM considera que as ações do MMA relacionadas à emergência climática, justiça climática, financiamento e políticas de enfrentamento às mudanças do clima para a apoiar os Municípios a lidarem com eventos extremos climáticos são urgentes e necessárias.

Por conta da importância dos gestores municipais conhecerem mais sobre o tema das mudanças climáticas e as suas consequências para os Municípios, bem como ações de mitigação e adaptação, a CNM vai debater o assunto no painel Mudanças Climáticas: previsões e ações municipais, dentro da programação da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que será realizada entre 20 e 23 de maio na capital federal. A palestra contará com colaboradores da entidade e convidados para apresentar as estratégias que alguns Municípios têm adotado para lidar com os desastres causados pelas mudanças climáticas.

Além dos debates com colaboradores da CNM e especialistas convidados, a entidade vai lançar na Marcha uma cartilha completa com mais direcionamentos em relação ao assunto. Clique aqui para confirmar a sua participação.

Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil
Da Agência CNM de Notícias